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VOCÊ CONHECE A “SILVER ECONOMY”?

Uma oportunidade de mercado para a cultura e economia criativa.

 

Keiko Okamura | MT Criativo

Silver Economy - Divulgação

SILVER ECONOMY, ou ECONOMIA PRATA é um conceito econômico que se refere a um conjunto de atividades, produtos e serviços voltados para atender às necessidades e demandas da população idosa, o termo “silver” faz alusão aos cabelos grisalhos típicos do envelhecimento.

Com o envelhecimento populacional acelerado em muitos países, especialmente na Europa, Japão, China e mais recentemente no Brasil, essa faixa etária passou a representar não só uma parcela significativa da população, mas também um mercado consumidor e em expansão.

Sobre a Economia

Segundo dados do IBGE de 2022, o país tinha cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, e essa população deve dobrar até 2050, em Mato Grosso representa 11% da população total do estado, apesar de ser menor que a média nacional que é de 15%, a previsão é que em 2045 deve representar cerca de 30% da população de nosso estado.

A expectativa de vida dessa população tem aumentado, segundo a matéria “Longevidade: será que os 70 são os novos 53?” do G1, que fala sobre um amplo levantamento realizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), reforça uma percepção cada vez mais robusta: os idosos apresentam melhores indicadores físicos e cognitivos, e a definição de velhice talvez tenha que ser revista. 

Para o FMI, interessam três aspectos: o aumento do número de anos saudáveis e seu impacto no mercado de trabalho; as implicações econômicas das mudanças demográficas; e o papel de políticas para mitigar as questões decorrentes do envelhecimento da população. Apesar da pressão nos gastos públicos com saúde e previdência, o órgão destaca um ponto que avalia como extremamente positivo: aproveitar essa mão de obra madura levaria a um significativo aumento da produtividade.

A Silver Economy parte deste movimento, que busca um ecossistema de inovação, cultura e consumo voltado para as pessoas 50+ que tem poder de conta e estão dispostos a investir com saúde, lazer, cultura e bem-estar, este novo cenário gera oportunidades de negócios para setores como a saúde, turismo tecnologia, cultura e empreendedorismo.

Para a cultura e economia criativa há muitas possibilidades como projetos de inclusão digital, ou plataformas sociais exclusiva para esse público, dança, arte e cultura: oficinas de teatro, contação de histórias, pintura, música, escrita criativa e clubes de leitura, artesanato, produção audiovisual, moda, entre outros, economia criativa: gastronomia – oficinas de saberes, turismo – roteiros especializados. Os projetos ou empreendimentos tem potencial de formação de comunidades ativas e participativas e de integração, e traz benefícios psicossociais, melhora a qualidade de vida, além de possibilitar também a continuidade no mercado de trabalho desta população, mantendo ativa e produtiva gerando renda. Com isso abre um grande potencial de possibilidades de investimento sendo uma pauta de responsabilidade social, que tem forte aderência às políticas públicas para este público e com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

A título de exemplo, o Serviço Social do Comércio (SESC) apresenta diversos cursos e atividades com foco em adultos 50+, como ginástica adaptada, mat pilates, circuito funcional, entre outros. Impulsionar o empreendedorismo deste público e para este público, além de uma oportunidade de negócios e de geração de emprego e renda, atende ao novo perfil do idoso moderno que tem mais independência, está mais participativo na sociedade, que quer empreender e busca uma melhor qualidade de vida, estimulando a criação de novos produtos e serviços mais sofisticados, personalizados e conectados às tendências atuais e com alta capacidade de inovação e quem tem baixa concorrência em nichos especializados.

 

Dicas para empreendedores que querem atuar na Silver Economy

  1. Pesquise o público 50+ localmente: antes de criar produtos ou serviços, entenda como os idosos da sua região se relacionam com tecnologia, lazer, saúde e consumo. Cada faixa etária dentro do grupo 50+ têm demandas diferentes.

  2. Invista em acessibilidade e inclusão: desde a linguagem até o design, pense em usabilidade para quem tem limitações visuais, auditivas ou de mobilidade.

  3. Valorize a experiência de vida: crie produtos e serviços que reforcem a autonomia, o protagonismo e o conhecimento acumulado desse público. Isso gera pertencimento e fidelização.

  4. Explore nichos com baixa concorrência: plataformas digitais voltadas para interação social, roteiros de turismo sênior e soluções de bem-estar personalizados são áreas ainda pouco exploradas.

  5. Parcerias estratégicas: busque apoio de instituições públicas, ONGs e empresas já ligadas ao setor de saúde e cultura. Essas parcerias aumentam a credibilidade e ampliam o alcance do negócio.

  6. Marketing direcionado: a comunicação deve ser clara, respeitosa e inspiradora, sem reforçar estereótipos. Mostre esse público como ativo, moderno e participativo.

  7. Eduque para o empreendedorismo 50+: muitos idosos também querem empreender. Criar programas de capacitação ou mentorias específicas pode abrir novos mercados.

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