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VOCÊ CONHECE A “GREEN ECONOMY”?

A Economia Verde é uma forma de repensar os modelos econômicos para que sejam sustentáveis, socialmente justos e ambientalmente responsáveis. Mais do que uma tendência, ela já é considerada um dos caminhos mais promissores para o futuro da economia mundial

Ana Clara Xavier | MT Criativo

Green Economy

O que é a Green Economy

A Green Economy, ou Economia Verde, busca integrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Ela propõe o uso eficiente de recursos naturais, a redução das emissões de poluentes e a valorização da biodiversidade como parte essencial da economia.

Esse conceito ganhou força a partir de 1987, com a publicação do Relatório Brundtland pela ONU, que apresentou pela primeira vez o termo “desenvolvimento sustentável”. A ideia central era simples, mas poderosa: crescer economicamente sem comprometer as necessidades das futuras gerações.

Desde então, encontros globais, como as Conferências das Partes (COPs), vêm reforçando a urgência de uma transição verde. Em 2015, o Acordo de Paris estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura global em até 1,5°C, exigindo mudanças profundas na forma como produzimos, consumimos e nos transportamos.

Dados sobre a Green Economy

Hoje, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a transição para uma economia verde pode gerar até 60 milhões de novos empregos até 2030 em setores como energias renováveis, agricultura sustentável e gestão de resíduos.

No Brasil, estudos do Instituto Escolhas (2022) mostram que a descarbonização da economia poderia criar cerca de 7,5 milhões de empregos em 20 anos, sobretudo em áreas ligadas à bioeconomia, reflorestamento e energias limpas.

Além disso, iniciativas como a Coalizão para a Descarbonização dos Transportes já apresentam propostas ambiciosas: reduzir em 68% as emissões do setor até 2050, com investimentos que ultrapassam R$ 600 bilhões em biocombustíveis, eletrificação de frotas e incentivo ao transporte ferroviário e hidroviário.

Esses números comprovam que a Green Economy não é apenas um discurso ambiental, mas também uma oportunidade concreta de crescimento e inovação.

Green Economy no Centro-Oeste

No Centro-Oeste, o movimento pela Economia Verde já é visível. Empresas vêm modernizando seus processos com práticas de gestão ambiental e iniciativas de sustentabilidade. O Sebrae Sustentabilidade, por exemplo, atua em Cuiabá oferecendo capacitação, diagnósticos de negócios e acesso a linhas de crédito verde. Além disso, promove a adoção de energias renováveis e o alinhamento às ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU).

Um exemplo inspirador vem da economia criativa: o brechó Carinhito, criado pela empreendedora peruana Karen Castillo, em Cuiabá. O negócio trabalha com moda sustentável e upcycling, técnica que transforma roupas antigas em peças novas, evitando o descarte e dando novo valor ao consumo consciente.

A região também apresenta enorme potencial na bioeconomia, especialmente com produtos da sociobiodiversidade do Cerrado e da Amazônia. Oportunidades incluem desde alimentos nativos até insumos para cosméticos e farmacêuticos.

Dicas para empreendedores que querem atuar na Green Economy

Se você deseja investir nesse setor, aqui vão alguns caminhos:

  • Pesquise o território local: compreenda como sua comunidade consome recursos naturais e quais demandas ainda não são atendidas. Isso ajuda a criar soluções alinhadas à realidade regional.

  • Invista em processos sustentáveis: adote energias limpas, materiais recicláveis e técnicas de produção que reduzam impactos ambientais.

  • Valorize os saberes tradicionais: conhecimentos de comunidades locais podem gerar produtos únicos e autênticos, desde artesanato até práticas agroecológicas.

  • Inove nos serviços: explore nichos como ecoturismo sustentável, gastronomia regional com foco em produtos nativos ou plataformas de educação ambiental.

  • Crie parcerias estratégicas: colabore com universidades, ONGs e órgãos públicos para ganhar credibilidade e ampliar seu alcance.

  • Comunique com propósito: use um marketing consciente, inclusivo e que mostre impactos reais da sua iniciativa.

  • Foque no impacto social e ambiental: além do lucro, destaque como seu negócio gera benefícios coletivos, preserva a natureza e fortalece a economia local.

A Green Economy não é apenas um modelo de negócios, mas uma mudança de mentalidade. Ela representa um caminho para conciliar inovação, preservação ambiental e valorização cultural, com potencial de retorno financeiro sustentável.

Para empreendedores que buscam unir propósito e crescimento, investir nessa área é mais do que uma oportunidade: é uma necessidade do presente e uma aposta segura para o futuro.



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