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VOCÊ CONHECE A “economia inclusiva”?

Como a valorização da diversidade transforma pessoas, negócios e territórios.

Ana Clara Xavier | MT Criativo

O que é Economia Inclusiva

A economia inclusiva é um modelo que busca garantir que todas as pessoas, independentemente de idade, gênero, raça, etnia, orientação sexual, deficiência ou nível educacional, tenham oportunidades reais de participação e desenvolvimento econômico. Esse conceito propõe um crescimento que vai além dos números, valorizando o potencial humano e a diversidade como motores de inovação, produtividade e impacto social.

Mais do que um ideal social, a economia inclusiva é uma estratégia de desenvolvimento sustentável. Segundo a McKinsey & Company, empresas com maior diversidade de gênero e étnico-racial na liderança têm até 21% mais chances de superar financeiramente seus concorrentes. Esse dado reforça que investir em inclusão é também investir em resultados mais sólidos e inovadores.

Dados sobre Economia Inclusiva

No Brasil, o avanço das políticas de diversidade e inclusão (D&I) nas empresas é perceptível. Um estudo da Blend Edu mostrou que 63% das organizações brasileiras ampliaram o apoio às ações de diversidade e inclusão em 2024, e quase metade aumentou o orçamento dedicado ao tema. Outro levantamento, do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), apontou que um aumento de 10% na diversidade étnico-racial pode elevar em até 4% a produtividade das empresas, e um aumento de 10% na diversidade de gênero pode elevar esse número para quase 5%.

Esses dados evidenciam que a inclusão não é apenas um compromisso ético, mas também econômico. Ambientes diversos tendem a ser mais criativos, colaborativos e capazes de responder melhor aos desafios de um mercado em constante transformação.

Economia Inclusiva no Centro-Oeste

No Centro-Oeste, a economia inclusiva tem ganhado força por meio de iniciativas que conectam cultura, criatividade e diversidade. Em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e o programa MT Criativo têm apoiado projetos que integram grupos historicamente sub-representados à economia cultural e criativa, fortalecendo o empreendedorismo social e cultural.

Um exemplo de destaque é o coletivo MT Queer, criado em Cuiabá em 2016, que se tornou uma das principais iniciativas culturais LGBTQIAPN+ do Centro-Oeste. O coletivo atua com produção audiovisual, formação gratuita e ações de acolhimento, unindo representatividade, arte e transformação social. Projetos como esse mostram que a economia criativa, por sua própria natureza, é inclusiva, pois valoriza as singularidades das pessoas e dos territórios, transformando diversidade em potência econômica.

Esse movimento também reflete uma tendência global: a de que os setores criativos e culturais são espaços naturalmente democráticos, que oferecem oportunidades de trabalho e empreendedorismo a pessoas que muitas vezes não se encaixam nos modelos econômicos tradicionais.

 

Dicas para empreendedores que querem investir na Economia Inclusiva

  • Valorize a diversidade local: conheça as diferentes culturas, saberes e talentos do seu território e pense em como integrá-los ao seu modelo de negócio.

  • Crie oportunidades equitativas: ofereça condições reais de crescimento e remuneração justa para todos, com políticas claras de inclusão e representatividade.

  • Invista em capacitação e sensibilização: promova treinamentos sobre diversidade e vieses inconscientes para colaboradores e gestores.

  • Adote práticas sustentáveis e éticas: alinhe impacto social, responsabilidade ambiental e transparência nas relações com clientes e parceiros.

  • Fortaleça redes e parcerias: conecte-se com organizações, universidades, coletivos e programas públicos que atuem com inovação e diversidade.

  • Comunique com propósito: mostre o impacto positivo do seu trabalho e construa uma marca que represente valores humanos e inclusivos.

Construir uma economia verdadeiramente inclusiva é investir em um futuro onde o crescimento é compartilhado, sustentável e humano. Em Mato Grosso, esse movimento já é realidade, e cada nova iniciativa que nasce com propósito amplia as possibilidades de um estado mais diverso, criativo e conectado.





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Produção, pesquisa, edição, site e divulgação.

  • LEONARA SANTANA
  • ANA CLARA XAVIER
  • SOPHIA CAMPOS

SUPERVISÃO

  • KEIKO OKAMURA

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