Kimberly Cristy que desde que se entende por gente tinha curiosidades sobre a tal “das modas”. Da criação de roupas para suas bonecas na infância até descobrir que sua curiosidade poderia ser seu trabalho.
Com 17 anos recém-saída do ensino médio decidiu fazer a faculdade de Design de Moda e aí começaram as dificuldades com o preconceito de falarem:
” – Como você vai se sustentar?
– Isso não dá futuro!
– Mas, você é tão inteligente e vai fazer esse curso! “
“E eu tive muita sorte por ter a minha mãe sempre me apoiando em todas as minhas ideias e projetos.” – conta Kim.
Durante o curso, com o Projeto Integrado, que era a nossa apresentação de TCC, a Cristy começa a ser pensada e a ser criada, nesse período aprendi que a Moda não é só o que nós vemos nas vitrines e existe uma cadeia produtiva extremamente comprida que se inicia desde a produção dos insumos básicos para a fabricação dos tecidos nas fazendas até os laboratórios para criação de produtos tecnológicos para dar um maior bem estar ao ser humano.
E vi que o curso da faculdade não atenderia todas as minhas necessidades e tive que buscar qualificação em outros lugares, e que aqui em Cuiabá cursos na área da moda é extremamente escasso e quase não existe investimentos para se ter acesso a informações ou tecnologias no assunto sendo que temos uma grande demanda, e afinal o estado de Mato Grosso é um dos maiores produtores de algodão e não existe uma grande fábrica de beneficamente do tal, mas aí já é assunto para outra conversa.
Em 2017 ainda não sei como descrever a experiência que tive quando comecei a fazer o curso de Cenário e figurino para teatro que no final acabou se tornando um curso superior pela Unemat. Conheci algumas pessoas que acreditam também na forma como eu vejo a moda, como sendo um mundo igualitário, sustentável e o mais importante que ela não seja discriminatória. Um meio entre a arte e o movimento de estar no mundo.
No final de 2017, a Cristy que tinha começado a sair do plano imaginário ganha um gás ao ser selecionada para a 1 maratona de negócios criativos o que trouxe meios de transformação em um negócio rentável e o aprendizado em áreas inimagináveis mais que se tornaram uma grande base na estruturação da Cristy.
A Cristy é a cereja da minha trajetória, e nesse caminho tive a felicidade de encontrar pessoas das quais eu pude dividir meu sonho e que se tornaram parte da família Cristy.
Com 4 anos e 4 coleções lançadas que vão de mochilas, bolsas, pochetes, roupas e agora durante esse período de pandemia a linha Cristy Home com produtos feitos à mão em artigos de decoração. Nós seguimos lentamente mais sempre fazendo o que acreditamos e encontrando formas de atender ao nosso público independe de idade, gênero orientação sexual por que acreditamos que “Você faz a roupa e não a roupa faz você.