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VOCÊ CONHECE A “economia do conhecimento”?

Em um mundo interconectado e globalizado, se torna cada vez mais escassas fontes confiáveis de informação, e esse tipo de economia se torna cada vez mais necessária e procurada.

Ana Clara Xavier | MT Criativo

O que é a Economia do Conhecimento

Economia do Conhecimento refere-se às atividades que criam ou utilizam conhecimento de forma sistemática como principal insumo econômico. Isso inclui pesquisa e desenvolvimento, inovação tecnológica, educação especializada, produção intelectual, tecnologia da informação e comunicação, entre outros. O “trabalhador do conhecimento” é quem trabalha essencialmente com informação, aprendizado constante e aplicação criativa dessa base intelectual para resolver problemas ou oferecer novos produtos.

Esse modelo destaca-se pelo uso de tecnologia, conectividade e pensamento criativo para gerar riqueza, não apenas como produção física, mas como produção de valor imaterial, digital ou intelectual.

Dados sobre a Economia do Conhecimento

No Brasil existem instrumentos legais que fomentam esse modelo. Um exemplo é a Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005), que concede incentivos fiscais para empresas que investem em pesquisa & desenvolvimento (P&D). Também há mudanças recentes como a Lei Complementar nº 182/2021, que favorece startups e inovação no país.

Mesmo com essas leis, o país ainda enfrenta desafios:

  • O investimento em P&D como proporção do PIB continua sendo menor do que em economias mais desenvolvidas. 
  • O índice de patentes no Brasil é relativamente baixo frente ao potencial acadêmico e tecnológico existente. 
  • A conectividade digital e acesso regular à internet cresceram bastante, mas ainda há desigualdades regionais no acesso a infraestrutura de tecnologia, formação avançada ou redes de colaboração internacional. 

Esses fatores resultam numa discrepância entre o conhecimento criado (universidades, pesquisa) e o uso comercial/inovativo que poderia gerar valor econômico direto.

Economia do Conhecimento no Centro-Oeste

Em Mato Grosso, a Economia do Conhecimento ainda está em fase inicial. A economia do estado é predominantemente baseada no agronegócio, com destaque para a produção de grãos como soja, milho e algodão. No entanto, há sinais de transformação:
  • Crescimento no número de empresas abertas: Mato Grosso registrou o maior percentual de empresas abertas no país em 2023, indicando um ambiente favorável ao empreendedorismo 
  • Participação em eventos de inovação: empreendedores mato-grossenses têm participado de eventos como o Startup Summit, demonstrando interesse em modelos de negócios baseados no conhecimento.

Embora Mato Grosso ainda esteja desenvolvendo sua Economia do Conhecimento, outros estados do Centro-Oeste já apresentam iniciativas relevantes. Cidades como Anápolis e Catalão têm se destacado na indústria farmacêutica e automobilística, setores que dependem fortemente de conhecimento técnico e inovação. E no Distrito Federal, Brasília é um polo de serviços, comércio e administração pública, com uma economia diversificada que inclui setores como telecomunicações, serviços de informática e turismo 

 

Dicas para empreendedores que querem investir na Economia do Conhecimento

Para quem quer explorar esse campo em Mato Grosso ou região próxima, aqui vão algumas orientações práticas:

  • Pesquise sua região: entenda onde existe concentração de conhecimento técnico ou universitário, e quais demandas locais de inovação não estão cobertas. 
  • Avalie infraestrutura: conexão de internet, laboratórios, licenças tecnológicas, colaboração com universidades. 
  • Crie parcerias formais com universidades, centros de pesquisa e programas públicos de inovação. 
  • Pense em formatos inovadores: curso online, plataforma digital de serviços especializados, aplicativos ou ferramentas tecnológicas baseadas em demandas locais. 
  • Considere financiamento público ou incentivos fiscais (quando aplicável) para apoiar o desenvolvimento de protótipos ou projetos piloto. 
  • Use comunicação clara e profissional: estruturar uma proposta bem desenhada, mostrando impacto social e retorno econômico, para atrair apoios e investidores. 

A economia do conhecimento representa uma oportunidade estratégica para o futuro do Centro-Oeste e, especialmente, de Mato Grosso. Ao unir tecnologia, saberes tradicionais e inovação social, o estado pode ampliar seu protagonismo não apenas na produção, mas também na criação e difusão de conhecimento. Fortalecer políticas públicas, investir em capacitação e valorizar a cultura local são caminhos essenciais para transformar potencial em desenvolvimento real. Assim, Mato Grosso se posiciona como um território que não apenas produz riquezas, mas também compartilha saberes, construindo um futuro mais sustentável, criativo e inclusivo.

 

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  • LEONARA SANTANA
  • ANA CLARA XAVIER
  • SOPHIA CAMPOS

SUPERVISÃO

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